Aventura Turística: Tragédias Destacam a Urgência de Normas no Setor

Aventura Turística: Tragédias Destacam a Urgência de Normas no Setor

Aumentando a Segurança no Turismo de Aventura: Dicas e Recomendações

A busca por adrenalina tem motivado muitos viajantes a fugirem do óbvio na hora de explorar novos destinos. Contudo, essa crescente atração pelo turismo de aventura também expõe os viajantes a riscos, tanto em território nacional quanto no exterior.

Acidentes Recentes Chamam Atenção

Nos últimos meses, quatro incidentes trágicos destacaram os perigos deste tipo de turismo. O caso mais chocante foi a morte da brasileira Juliana Marins, que sofreu uma queda em um vulcão na Indonésia. Outros incidentes incluíram a queda de balões em Praia Grande (SC) e Boituva (SP), que resultaram em fatalidades, além do resgate de 70 pessoas em Copacabana após ventos fortes. Esses casos ressaltam as fraquezas nas regulamentações e nas informações fornecidas aos turistas sobre os riscos envolvidos em suas atividades.

Indonésia: O equipamento de resgate adequado poderia ter salvado Juliana Marins (redes sociais/Reprodução)

Recomendações dos Especialistas

De acordo com Marco Antônio Araújo Júnior, advogado e presidente da Comissão Especial de Direito do Turismo, a ausência de regulamentação específica para atividades de aventura gera insegurança tanto para os consumidores quanto para os operadores. Ele enfatiza que, embora existam normas gerais que se aplicam, falta clareza e especificidade.

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Para melhorar a segurança, Araújo Júnior sugere que o Ministério do Turismo discuta as seguintes pautas em diálogo com entidades do setor:

  • Definição de padrões mínimos de segurança;
  • Criatividade técnica obrigatória para operadores;
  • Exigência de seguros obrigatórios;
  • Capacitação profissional;
  • Cadastro nacional específico para operadores de turismo de aventura;
  • Fortalecimento da fiscalização com tecnologia;
  • Campanhas informativas para consumidores;
  • Avaliação da necessidade de um projeto de lei específico.

A Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA) também se manifestou sobre os recentes acidentes, destacando a falta de regulamentação para o balonismo turístico, o que aumenta os riscos associados a essas atividades.

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Incêndio no balão em Santa Catarina
Praia Grande (SC): O piloto relatou que o extintor de incêndio não funcionou (redes sociais/Reprodução)

O que você pode fazer como Viajante

Prever problemas em um país diferente pode ser desafiador. É fundamental ficar atento às condições climáticas, especialmente em passeios que envolvem rios ou quedas d’água. Chuvas em regiões adjacentes podem causar enchentes repentinas e aumentar significativamente os riscos.

No Brasil, as empresas de turismo devem fornecer informações sobre os riscos e contar com guias qualificados. Termos de isenção de responsabilidade apresentados pelos operadores são irregulares e não têm validade legal. Caso algo ocorra, os viajantes podem buscar reparação judicial.

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Equipamento Inadequado: Um Sinal de Alerta

No caso de Juliana Marins, relatos indicam que os guias minimizaram os perigos do trajeto e permitiram que turistas partisse sem os equipamentos adequados. É recomendável que os viajantes procurem informações em fontes diversas, como relatos de outros turistas em fóruns de discussão, e consultem pessoas que já participaram do passeio.

Além disso, é sempre prudente contratar um seguro viagem, especialmente para atividades de aventura. Esse seguro pode ser crucial para garantir atendimento médico e facilitar a repatriação em situações extremas.

Fonte: https://viagemeturismo.abril.com.br/manual-do-viajante/turismo-de-aventura-tragedias-reforcam-necessidade-de-regras-no-setor/

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