O Fim do Estado de Israel: Palavras do Rabino Yisroel Dovid Weiss
Weiss distinguiu entre judaísmo e sionismo, afirmando que “ser contra o Estado sionista de Israel não é ser contra os judeus nem antissemita”. Ele apontou que a ocupação sionista da Palestina é a fonte principal do “derramamento de sangue trágico e contínuo” que afeta tanto árabes quanto judeus há mais de 100 anos.
A Nakba e a Luta pela Palestina
O discurso do rabino ocorreu em um contexto de lembrança da Nakba, ou “catástrofe”, que se refere à desapropriação de terras na Palestina durante a criação do Estado de Israel. A sessão foi marcada por presenças notáveis, incluindo o ex-ministro e deputado Paulo Pimenta e outros parlamentares do PT.
“O Estado de Israel é a personificação e a definição mais clara do antissemitismo”, afirmou Weiss, reforçando uma visão minoritária, mas crítica, sobre as implicações do sionismo.
Posições Políticas e Reações
O rabino é um membro assíduo do movimento Neturei Karta, que não reconhece a legitimidade da criação do Estado de Israel, crença arraigada na expectativa da chegada do Messias. Ele enfatizou que a criação de uma soberania por meio da ocupação e violência é contra os princípios do judaísmo.
Weiss encerrou sua fala sugerindo que o uso do termo “Estado judeu” só fortalece a legitimização do Estado de Israel e pediu que se referissem a ele como “Estado sionista”. Essa distinção visa dissociar o judaísmo do sionismo, um ponto essencial em suas argumentações.
Reações e Propostas do Governo Brasileiro
Após o discurso do rabino, presentes na sessão entoaram slogans como “do rio ao mar, Palestina livre já”, em clara alusão ao desejo de extinguir o Estado de Israel. Paulo Pimenta classificou as ações israelenses em Gaza como “genocídio” e propôs a criação de um Dia da Amizade Brasil-Palestina, a ser celebrado em 29 de novembro, alinhando-se à data da ONU em solidariedade ao povo palestino.
Essa proposta surge em meio a críticas do governo Lula sobre Israel, com o embaixador Frederico Meyer sendo removido de sua posição em Tel Aviv, refletindo tensões diplomáticas nas relações Brasil-Israel.
Lula, que foi declarado “persona non grata” por suas comparações entre a violência em Gaza e o Holocausto, continua a ser uma figura controversa nas discussões sobre a política externa do Brasil em relação à Palestina e Israel.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/rabino-defende-fim-do-estado-de-israel-em-sessao-organizada-pelo-pt-na-camara/

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