Os depoimentos têm como foco investigar se Eduardo Kuntz, advogado do coronel Marcelo Câmara, tentou interferir nas declarações de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, durante seu processo de delação.

Kuntz e Câmara também prestarão depoimento à PF e, em declarações ao jornal Estadão, expressaram sua disposição em esclarecer qualquer questão que possa contribuir para a investigação.

Enquanto se defendia, Cid afirmou que sua família foi abordada não só por Kuntz, mas também pelos advogados de Bolsonaro, em eventos sociais na Hípica de São Paulo. Essas tentativas de contato foram consideradas preocupantes pela defesa de Cid, que as relatou como uma violação do processo de delação.

O ministro Moraes destacou a gravidade das “condutas narradas à autoridade policial”, sugerindo a possibilidade de obstrução de justiça. Ele também mandou que a PF anexasse, em até 10 dias, um laudo dos dados extraídos do celular apreendido, visando acelerar o inquérito.