Lula Responde à Crítica da The Economist: Desafios e Polêmicas na Política Externa

No último fim de semana, a revista britânica The Economist publicou uma reportagem que classificou o presidente brasileiro, Lula (PT), como “incoerente no exterior” e “impopular em casa”. Diante disso, o governo Lula está se preparando para uma manifestação oficial de resposta.

Reuniões no Palácio do Planalto

Informações de fontes próximas ao governo revelam que a necessidade de uma resposta foi debatida em reuniões no Palácio do Planalto na segunda-feira, dia 30. O primeiro compromisso de Lula do dia foi uma audiência com o chanceler Mauro Vieira.

Um interlocutor do presidente comentou que a intenção é responder o quanto antes e que será o Itamaraty o responsável por conduzir esse processo. Segundo fontes, Mauro Vieira deverá enviar uma carta à direção da The Economist rebatendo as críticas expostas na reportagem.

Ressaltando a Fragilidade Política

A reportagem da Economist trouxe à tona munição para adversários políticos, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que criticou Lula e comentou em suas redes sociais que a revista “humilha Lula” e que é hora do presidente “ir embora”.

Outro opositor, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), também compartilhou a matéria, reforçando que a revista “dá a real sobre o Lula”.

Oposição à Política Externa

Na crítica, a The Economist destacou que a posição do Itamaraty, que condenou os ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, contrasta com as posturas de outras democracias ocidentais. Além disso, a revista mencionou que o engajamento do Brasil no bloco dos Brics, fortemente influenciado por China e Rússia, está levando o país a adotar posições que parecem hostis ao Ocidente.

A reportagem enfatiza: “O papel do Brasil no centro de um Brics expandido e dominado por um regime mais autoritário faz parte da política externa cada vez mais incoerente de Lula”. Eventos marcantes da política externa de Lula, como a falta de diálogo com o governo Donald Trump e a visita a Moscou em celebração dos 80 anos da derrota da Alemanha nazista, também foram alvos de crítica.

Questões Internas e Popularidade

A The Economist não deixou de tocar em questões de popularidade, comentando a queda de apoio de Lula e o recente revés no Congresso, onde um decreto presidencial que previa aumento do IOF foi derrubado, ressaltando a fragilidade das relações entre o Executivo e o Legislativo.