Comparativo de Engajamento

No primeiro semestre de 2025, as postagens de políticos da direita geraram um impressionante total de 1,48 bilhão de interações, enquanto os políticos de esquerda ficaram em apenas 417 milhões. Os partidos de centro e do centrão, por sua vez, somaram apenas 171 milhões de reações. Isso demonstra uma diferença significativa na habilidade de engajar os usuários online.

Além disso, a média de interações por post é reveladora: a direita acumulou cerca de 12.894 interações por publicação, em comparação com 4.699 dos aliados de Lula e apenas 3.900 para os do centro e centrão.

Fatores que Influenciam a Diferença

André Eler, diretor técnico da Bites, indica que a direita se mostra mais organizada e coesa, criando uma “bolha” de engajamento. Em contrapartida, a esquerda enfrenta dificuldades devido à falta de um discurso unificado e à ausência de muitos ministros nas redes sociais.

Surpreendentemente, os 33 ministros de Lula que estão ativos nas redes têm, coletivamente, menos seguidores do que o ex-presidente Jair Bolsonaro possui sozinho.

Ares de Mudança na Comunicação

Na luta por espaço, alguns políticos, como Hugo Motta (Republicanos-PB), têm adotado abordagens mais descontraídas, embora ainda não tenham alcançado um público amplo, somando apenas 300 mil seguidores nas principais plataformas sociais.

Embora essas estratégias tenham gerado algum engajamento, os números ainda são baixos comparados à direita. Por outro lado, personalidades externas à política convencional também estão ganhando destaque nas redes, como humoristas e influenciadores, que frequentemente não se concentram em suas agendas políticas.

Desafios e Oportunidades para a Esquerda

A resposta da esquerda às mudanças nas redes sociais tende a ser problemática; embora exista uma forte ativação nas recentes discussões e protestos, a falta de um foco unificado dificulta a mobilização e o engajamento efetivo.