“Bolsonaro afirma: ‘A meta não é prender, mas acabar com o problema’”

Neste domingo (29), uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, atraiu a atenção para as declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que o processo que investiga um suposto golpe de Estado visa não apenas sua prisão, mas sua eliminação física. O evento foi organizado pelo pastor Silas Malafaia.

“Tenho certeza de que o objetivo final não é apenas me prender — é me eliminar. Logicamente, não quero ser preso nem morrer, mas não posso fugir da minha responsabilidade, da verdade, da minha palavra com vocês”, disse Bolsonaro, destacando seu compromisso com a pátria e a liberdade.

União da Direita e Controle do Congresso

Bolsonaro também enfatizou a importância da unidade da direita para garantir a maioria no Congresso nas eleições de 2026, o que, segundo ele, permitirá controlar decisões estratégicas do país. “Se vocês me derem, nas eleições do ano que vem, 50% da Câmara e 50% do Senado, o destino do Brasil estará em nossas mãos”, afirmou.

Apoio de Aliados e Críticas à Oposição

O ato contou com a presença de governadores e deputados, incluindo Tarcísio Gomes de Freitas (SP) e Romeu Zema (MG), entre outros. Durante a manifestação, aliados políticos reforçaram a ideia de que Bolsonaro é alvo de perseguição política. O senador Flávio Bolsonaro, por exemplo, criticou o que chamou de “inquérito político”, destacando que o ex-presidente não está sendo julgado justamente, mas sim submetido a uma inquisição.

A deputada Bia Kicis também se manifestou contra o que considera uma farsa no processo de investigação, dizendo: “Não existe mais justiça no Brasil.” O deputado Gustavo Gayer sustentou que Bolsonaro é um obstáculo ao sistema que tenta silenciar seus apoiadores.

Tarcísio Gomes de Freitas e O Futuro da Direita

Ao lado de Bolsonaro, Tarcísio afirmou que a missão política do ex-presidente ainda não terminou. “Podem tentar tirá-lo das eleições, mas nunca vão tirá-lo do coração do povo”, disse, enfatizando a importância da união do grupo político que apoia Bolsonaro.

Ele ainda destacou a necessidade de esperança e prosperidade no Brasil, que, segundo ele, virão através da união dos apoiadores do ex-presidente.

Críticas à Justiça Brasileira

O pastor Silas Malafaia, que organizou a manifestação, também criticou as ações do governo em relação a manifestantes, acusando o ministro Alexandre de Moraes de abuso de autoridade. Durante o ato, ele questionou a justiça no país e mencionou o caso de um membro de sua igreja que morreu após ser preso em protestos, dizendo: “Aqui tem sangue na mão de Alexandre de Moraes. Ditador, você vai prestar contas a Deus.”

A situação continua a gerar debate e polarização política no Brasil, à medida que as eleições se aproximam e a direita busca se fortalecer.