O que mudou com as novas diretrizes de EAD?

O que mudou com as novas diretrizes de EAD?

Novas Regras do MEC: A Era dos Cursos Superiores a Distância e a Exclusão da Medicina

O cenário da educação superior no Brasil sofreu mudanças significativas com as novas diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC). A recente portaria, decreto nº 12.456/2025, determina que cursos como Medicina, Direito, Enfermagem, Psicologia e Odontologia não poderão ser oferecidos na modalidade totalmente online (Educação a Distância – EAD).

O que Mudou?

Novos Formatos de Cursos Superiores

Com a nova regulamentação, o MEC introduziu três formatos distintos para a oferta de cursos:

  1. Presenciais: Mínimo de 70% de atividades presenciais.
  2. Semipresenciais: Até 50% das aulas podem ser EAD, com 30% a 40% de aulas presenciais, de acordo com a área.
  3. Educação a Distância (EAD): Até 80% online, com 20% de carga horária obrigatória presencial.

Contudo, as graduações em Medicina continuarão sendo predominantemente presenciais, uma característica vital para a formação adequada na área da saúde.

O Caso da Enfermagem

Segundo a secretária de Regulação do MEC, Marta Abramo, a Enfermagem foi a única área da saúde que experimentou turmas EAD, mas apenas para alunos já matriculados antes do novo decreto. Esses estudantes poderão finalizar seus cursos no modelo que iniciaram, mesmo que o tempo se estenda além dos dois anos concedidos às instituições para se ajustar às novas normas.

Por que o Curso de Medicina Não Pode Ser EAD?

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) rejeitam a ideia de cursos médicos a distância, pois a formação requer prática clínica efetiva, interação com pacientes e acesso a laboratórios equipados.

Janguiê Diniz, presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), reforça a posição: “A natureza prática da formação exige atividades presenciais robustas. A tecnologia pode complementar, mas não substituir o ensino médico”.

Marta Abramo complementa: “A medicina tem um tratamento mais rigoroso e não pode ser introduzida nenhuma carga horária a distância”. Portanto, enquanto outras áreas como Educação Física, Nutrição e Fisioterapia podem adotar um formato semipresencial, licenciaturas exigem 50% de carga horária presencial conforme as diretrizes anteriores do MEC.

O Futuro da Educação na Saúde

Com as novas normas, as instituições de ensino têm um prazo de dois anos para se adaptar. É crucial que os estudantes que desejam seguir carreira em áreas da saúde fiquem atentos, pois nenhum diploma 100% online será emitido para esses cursos.

Conclusão

A medida do MEC reflete uma preocupação crescente com a qualidade da formação na saúde, assegurando que a prática e o contato humano não sejam deixados de lado. Essa transição é um passo importante para garantir que os futuros profissionais estejam plenamente preparados para os desafios do mercado de trabalho.

Fique ligado em nosso blog para mais atualizações sobre as mudanças no setor educacional!

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/cursos-medicina-brasil-o-que-mudou-novas-regras-ead/

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