Evento Controverso na UERJ: Apoios ao Hamas e a Reação da Comunidade
Na última terça-feira, 27 de outubro, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) tornou-se o centro de uma polêmica ao sediar um evento que manifestou apoio ao grupo terrorista Hamas e a outros grupos similares. O ato intitulado “Nenhum passo atrás: deter o extermínio em Gaza e a intervenção sionista no Brasil!” foi organizado por entidades pró-Palestina e atraiu a presença de ativistas, membros do MST, e até de uma diplomata brasileira.
Detalhes do Evento
O evento decorreu no auditório do 11º andar da UERJ e contou com palestras que criticaram as políticas do governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu. Curiosamente, os discursos de alguns palestrantes chegaram a comemorar o ataque terrorista do dia 7 de outubro, que resultou na morte de mais de 1.200 israelenses.
Durante a manifestação, foram vistos cartazes celebrando Yahya Sinwar, ex-líder do Hamas, e produtos relacionados, como camisetas do Hezbollah, eram comercializados nas proximidades.
Bandeira do Hamas no ato político. (Foto: Arquivo pessoal)
Declarações Controversas
Os palestrantes expressaram apoio à “revolução armada” e sugeriram que a esquerda brasileira deveria lançar uma campanha para apoiar publicamente o Hamas e outros grupos armados. Thiago Guilherme Faria, advogado de uma das palestrantes, afirmou que “não existe crime em defender os movimentos de resistência”, referindo-se ao Hezbollah e ao Hamas.
Um representante do Partido da Causa Operária (PCO) também criticou setores da esquerda que hesitam em apoiar esses movimentos, alegando que seria um erro não alinhar-se com grupos que combatem o imperialismo.
A Reação da Comunidade Universitária
Recentemente, alunos da UERJ expressaram preocupação com o crescente anti-semitismo no campus, notando que manifestações em apoio ao Hamas têm aumentado desde 7 de outubro. Um estudante judeu, que preferiu não se identificar, comentou:
“Sinto-me menos seguro dentro de um ambiente universitário que se diz plural e acolhedor.”
Suásticas e Clima Hostil
Após os eventos relacionados ao 7 de outubro, surgiram suásticas e declarações hostis nas dependências da UERJ. Os estudantes relataram que esses atos geralmente se associam a aqueles que promovem a igreja contra Israel e a favor de grupos terroristas.

Registro de suásticas nas dependências da UERJ.
Resposta da UERJ
Procurada, a UERJ afirmou que a responsabilidade pelo conteúdo discutido no evento cabe aos organizadores e que não recebeu reclamações sobre eventos ou ações de cunho antissemitas. A Universidade reafirmou seu compromisso com a paz e a resolução diplomática dos conflitos.
O Perigo do Discurso de Ódio
Em resposta ao evento, Bruno Feigelson, presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), denunciou que discursos de ódio contra a comunidade judaica estão se tornando mais comuns e mal interpretados como expressão de opinião. Ele ressaltou a necessidade de combater a desinformação que alimenta o anti-semitismo.
Esse evento na UERJ levanta questões preocupantes sobre a liberdade de expressão e seu impacto. É essencial que universidades não apenas garantam um espaço seguro para a discussão de ideias, mas também protejam todos os estudantes de discursos de ódio e discriminação.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/evento-universidade-publica-defesa-hamas-hezbollah-uerj/

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