A Situação Estrutural da Instituição

Embora a gestão da UFRJ afirme que a estrutura do prédio está em boas condições, pais e alunos demandam melhorias no local. Fundado em 1948 e operando na Lagoa desde 1962, o colégio enfrenta desafios há anos.

De acordo com a universidade, uma visita da Defesa Civil em março constatou a ausência de problemas estruturais, garantindo, assim, a segurança dos alunos. Contudo, a reitoria anunciou que a área afetada será cercada e iniciará a reconstrução do muro, cuja obra foi orçada em R$ 109 mil com previsão de conclusão em dois meses.

Monitoramento e Problemas Relacionados

A diretora do colégio, Cassandra Pontes, revelou que o risco de desabamento era monitorado desde fevereiro. A estrutura já estava escorada e, na última semana, os sinais de deterioração aumentaram, levando ao chamado do Corpo de Bombeiros.

Estudantes e responsáveis protestaram em frente ao colégio nesta segunda-feira (23), associando o desabamento a um aparente abandono orçamentário por parte da UFRJ. O orçamento da universidade para 2025 foi fixado em R$ 406 milhões, 52% inferior ao de 2012. A instituição estima uma necessidade mínima de R$ 173 milhões para funcionamento anual adequado.

Desafios do Dia a Dia no Colégio

Além do desabamento do muro, o Colégio de Aplicação enfrenta problemas significativos, conforme relatado pelo Grêmio Estudantil. Infiltrações, goteiras em salas de aula, ar-condicionados quebrados e falta d’água são apenas alguns dos desafios enfrentados pela comunidade escolar. No refeitório, as queixas incluem racionamento de comida, insuficiência e até refeições estragadas.

Histórico de Problemas Estruturais

Este não é o primeiro incidente de desabamento na instituição. Em maio de 2005, uma parede caiu sobre uma sala de aula vazia no feriado, sem deixar feridos, mas que levou a muitos projetos de reforma, muitos dos quais foram adiados devido a questões estruturais.

O Papel do Colégio de Aplicação

Como uma escola-laboratório, o Colégio de Aplicação da UFRJ é crucial para a formação de futuros professores, alunos da maior universidade federal do Brasil. Portanto, a necessidade de melhorias estruturais não se resume apenas à segurança, mas também à qualidade da educação oferecida.