Após advertência, países do BRICS reagem a Trump com críticas e precaução.

Após advertência, países do BRICS reagem a Trump com críticas e precaução.

BRICS Reage às Novas Tarifas de Trump

Ao anunciar a imposição de tarifas extras de 10% a partir de 1º de agosto sobre países que, segundo Donald Trump, adotam uma “política antiamericana dos BRICS”, o presidente dos Estados Unidos gerou diversas reações entre os membros do bloco. A notícia surgiu logo após a cúpula dos BRICS no Rio de Janeiro, que destacou a importância de aumentar o uso de moedas locais nas transações entre os países membros e criticou barreiras comerciais impostas por potências mundiais.

O Contexto das Tarifas

Embora Trump não tenha detalhado quais políticas considera antiamericanas, suas críticas ao bloco têm se intensificado desde a eleição de 2024, especialmente em relação à possibilidade de substituir o dólar por outras moedas nas transações comerciais. Em discursos passados, ele chegou a sugerir tarifas de até 100% contra países que abandonassem a moeda americana.

Reações dos Membros do BRICS

Reação do Kremlin

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o BRICS “nunca foi e nunca será direcionado contra quaisquer terceiros países”. Ele reforçou que o BRICS é um grupo de nações que partilham interesses comuns e que a cooperação deve ser baseada nessas necessidades.

Posição da China

A China também expressou suas preocupações. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, afirmou que “o uso de tarifas não beneficia ninguém”, ressaltando a oposição de Pequim ao uso de medidas tarifárias como uma ferramenta de coerção.

A Visão da África do Sul

Em tom conciliador, a África do Sul, através do porta-voz do Ministério do Comércio, Kaamil Alli, declarou que o país “não é antiamericano” e está empenhado em negociar um acordo comercial com os EUA. O presidente Cyril Ramaphosa acrescentou que o BRICS “não busca competir com nenhuma outra potência” e que a colaboração global deve ser vista como complementar.

Manifesto da Malásia

A Malásia, que se tornou um parceiro do BRICS em 2024, também comentou o assunto. O Ministério do Comércio do país enfatizou que sua política externa é independente e focada na facilitação do comércio, evitando alinhamentos ideológicos.

Expectativas no Brasil

Enquanto isso, o governo brasileiro espera avanços nas negociações comerciais com os Estados Unidos antes do prazo estabelecido por Trump, que expira em 9 de julho. Até o momento, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou oficialmente sobre as declarações do presidente americano.

Trump e as Controvérsias com Bolsonaro

Trump diz que Brasil está fazendo ‘coisa terrível’ com Jair Bolsonaro: ‘Deixem ele em paz’. O presidente dos EUA criticou o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, chamando os processos judiciais contra ele de “perseguição”. Trump se manifestou em sua rede social, a Truth Social, pedindo para que deixem Bolsonaro em paz.

Na sexta-feira, Trump anunciou que seu governo enviará cartas a “provavelmente 12” países, notificando-os sobre as tarifas que pretende aplicar caso não sejam alcançados acordos comerciais.

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/economia/2298307/apos-ameaca-paises-do-brics-reagem-a-trump-com-criticas-e-cautela?utm_source=rss-economia&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed

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