Determinantes da Investigação

Alexandre de Moraes tomou a decisão na última quarta-feira (25), à luz de relatos de Cid e sua família que indicam supostos crimes de obstrução de justiça ligados a investigações envolvendo organização criminosa. Cunha Bueno, que faz parte da equipe de defesa de Bolsonaro, e Fábio Wajngarten, ex-assessor do presidente, foram convocados para depor sobre a situação.

Encontros e Controvérsias

De acordo com a defesa de Cid, sua mãe, Agnes Barbosa Cid, teria sido abordada em eventos na Hípica de São Paulo por Luiz Eduardo Kuntz e por Bueno, que supostamente tentaram convencê-la a mudar a defesa do tenente-coronel. Bueno, no entanto, refutou essas alegações, afirmando que a conversa que teve com Agnes foi breve, amistosa e focada no desempenho da neta dela na equitação.

Conexões Passadas

O advogado Bueno destacou que conheceu Cid em março de 2023, após assumir a defesa relacionada às joias recebidas da Arábia Saudita. Ele ressaltou que o contato inicial se fez necessário devido à sua função anterior no governo Bolsonaro, que envolvia o gerenciamento de presentes oficiais.

Desdobramentos e Consequências

Depois da prisão de Cid em maio de 2023, os contatos entre ele e Bueno tornaram-se esporádicos. O advogado acredita que Cid busca alterar a narrativa da situação, diante do que considera evidências de violação do acordo de colaboração.

Em um desdobramento relacionado, o coronel da reserva Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, foi preso sob acusações semelhantes. Ele estava sob medidas cautelares que o impediam de se comunicar com outros investigados na trama.

A decisão de Moraes sobre Câmara foi influenciada por mensagens e áudios apresentados ao STF, sugerindo tentativas de manipulação da delação de Cid.