O Superior Engajamento da Direita nas Redes Sociais em 2025
A análise das interações nas redes sociais em 2025 revela uma clara disparidade de engajamento entre políticas de diferentes espectros. De acordo com um estudo recente divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, a direita conseguiu gerar 2,5 vezes mais engajamento do que seus pares da esquerda e do centro. Isso é evidenciado não apenas pelo número de interações, mas também pela manipulação estratégica desse engajamento para criticar o governo Lula (PT).
O Que Diz o Estudo
O levantamento foi realizado pela consultoria Bites, considerando dados de plataformas como Facebook, Instagram, YouTube, TikTok e X entre 1º de janeiro e 30 de maio de 2025. Durante esse período, os políticos de direita acumulam impressionantes 1,48 bilhão de interações, enquanto os políticos de esquerda ficaram com apenas 417 milhões. Os do centro e do centrão alcançaram 171 milhões.
Destaques Entre os Políticos
- Jair Bolsonaro (PL) e Nikolas Ferreira (PL-MG) se destacam na direita, com Bolsonato acumulando 67 milhões de seguidores e 267,1 milhões de interações no mesmo período.
- Nikolas Ferreira, com 31,4 milhões de seguidores, registrou 198,8 milhões de interações, sendo responsável por um vídeo viral que criticou a fiscalização sobre transações via Pix. Este vídeo, publicado em janeiro, supostamente alcançou 300 milhões de visualizações em menos de 48 horas, forçando o governo a retroceder.
A Desvantagem da Esquerda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de ser a principal figura da esquerda, possui apenas 34 milhões de seguidores e apenas 86,2 milhões de interações durante o mesmo período.
André Eler, diretor técnico da Bites, sugere que a esquerda carece de organização e alinhamento no discurso, com Lula raramente se envolvendo em debates nas mídias sociais. Interessantemente, o próprio presidente admite não ter celular, o que pode explicar parte da disparidade.
Limitações dos Ministros
Os 33 ministros do governo, que mantêm perfis nas redes sociais, têm em média menos da metade dos seguidores de Bolsonaro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, possui 7,2 milhões de seguidores, enquanto a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, conta com 5,7 milhões.
Seis ministros nem mesmo possuem perfis públicos nas plataformas. O engajamento entre os políticos da esquerda é liderado pela ministra Gleisi Hoffmann, que detém 4,7 milhões de seguidores e registrou 35,5 milhões de interações.
Engajamento no Centro e Centrão
Entre os políticos do centro e do centrão, o engajamento é maior quando se distanciam da política tradicional. O deputado Fábio Teruel (MDB-SP), que é cantor gospel, lidera com 38,7 milhões de seguidores e 40,3 milhões de interações. Já o deputado Célio Studart (PSD-CE), que também evita posts políticos, conseguiu 11,8 milhões de interações com apenas 2 milhões de seguidores.
Conclusão
A análise evidencia que o cenário das redes sociais em 2025 traz desafios significativos para a esquerda, enquanto a direita se beneficia de uma presença digital robusta. A falta de organização e a ausência de participação ativa de figuras proeminentes nas redes sociais podem estar contribuindo para a desvantagem da esquerda. O engajamento nas mídias sociais não é apenas um reflexo de popularidade; também serve como um poderoso instrumento para moldar a opinião pública e influenciar decisões políticas.
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Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/bolsonaro-aliados-direita-superam-esquerda-e-centrao-engajamento-redes-sociais/
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